domingo, 28 de março de 2010

Ao pirata.

 E então ele disse a ela que o que ele mais queria era mudar a vida de alguém e que para isso,abandonou tudo e virou professor.
 Aquelas não eram apenas aulas,assim,simplesmente.A cada dia ele contava com entusiasmo as aventuras pelas quais tinha passado.Dizia ser um amante da vida e que dor do arrependimento por algo não feito era uma das piores e que por isso,aproveitava ao máximo cada segundo.
 Ela se identificava bastante com ele,talvez sem tanta coragem,mas os dois tinham o mesmo modo de ver a vida.
 Ele tocava guitarra,tinha cabelos compridos e a barba por fazer,cursava Psicologia e não era lá muito normal.
 Ele dizia exatamente o que ela precisava ouvir,o que não significa que aquilo era o que ela gostaria de ouvir,aquilo tudo era mais como um soco no estômago do que como forma de consolo,mas alguém precisava jogar algumas verdades na cara dela.E foi justamente isso o que ele fez.Indagou,questionou,provocou e a fez pensar se aquilo tudo não tinha sido na verdade,mais um ato de covardia do que falta de opção.

-Muito provavelmente ele nunca lerá esse texto,mas é a única forma que eu encontrei para dizer "obrigada".